Alma
Silencia-te! Brusca alma
teu discurso já não condiz
suas formas estão disformes
e a hora por um triz...
Recobre as vestes do calar-te
mesmo que já não te faça parte
ou te sôa como descarte...
Não vês? Seu soneto desorienta!
aparta essa voz, esse som
que me fez de ferramenta...
Silencia-te! Não quero te ouvir
tú que me destes esperanças
e todas delas um porvir...
Restitua-se das asas que me deste
sobre os campos da certeza, que implumada
nesse frio angar de névoas, arrefece
e ante o Sol desfaz-se. E é nada.
Guarda-te nessa malha que para mim teceste.
Amarra-me nessa corda e me impõe teu friso,
e nesse casulo em que me esqueceste
deixa o beijo em minha boca desfolhar em riso.
Silencia-te! Brusca alma
teu discurso já não condiz
suas formas estão disformes
e a hora por um triz...
Recobre as vestes do calar-te
mesmo que já não te faça parte
ou te sôa como descarte...
Não vês? Seu soneto desorienta!
aparta essa voz, esse som
que me fez de ferramenta...
Silencia-te! Não quero te ouvir
tú que me destes esperanças
e todas delas um porvir...
Restitua-se das asas que me deste
sobre os campos da certeza, que implumada
nesse frio angar de névoas, arrefece
e ante o Sol desfaz-se. E é nada.
Guarda-te nessa malha que para mim teceste.
Amarra-me nessa corda e me impõe teu friso,
e nesse casulo em que me esqueceste
deixa o beijo em minha boca desfolhar em riso.
(Poema de Joel Pozzobom e Luciana D.)
(O (amor) e amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica... Vinícius de Moraes)
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica... Vinícius de Moraes)