terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O poeta e a poesia

Rosto feminino, Gino Hollander



Vai... Extravasa todo seu sentimento
tece a folha, esta que lhe confia.
Não se extravie em vãos momentos,
grite antes que tal ato se transforme em abulia.

Situe-se nas quimeras, aos sons de teus estertores
pause na reflexão ida do zazonamento.
Lança-te no mais profundo, ou se te faz feliz nos arredores
da gaveta esquecida das mágoas revividas, os tormentos.

Deixa-te peregrinar por entre seus traços
que a lágrima abrase tua alma,
permeie pela face e desfaleça em teus cansaços
e destarte concilie a harmonia da calma

Escassa é a vontade que te decifrem
Que importam todas as regras e críticas?
Que importam as sintaxes e rimas?
Técnicas... Todas essas são miragens.

Em seu delineamento meu corpo toma forma
em punho a pena, em ponta teus versos se transforma.
Vai poeta quero me fazer graciosa teoria
e da tua personalidade magnânima poesia.