terça-feira, 5 de junho de 2012

Pleito

Tempestade em alto mar, Cesar de Albuquerque


É preciso ungir toda e qualquer antefato causado pela atmosfera do obsoleto
como a saudade de um perfume de outrora
datadas de épocas distantes não mais que agora em todo seu pleito.

Os ruídos condizem ainda sob épica imagem...
Qual força descomunal para desatar fios, cordões já separados com o tempo?
A força que me empurra a se desprender de tal laço
é a mesma que me corrompe a alma arraigando- se mais as suas origens

abdicar da convicção futura, dos silêncios constantes nos faz imersos
e submersos constatamos um oceano aos tons de incertezas e desafios

deparando-me nas advertências dos meus Eus,
sacrificando quem fui, quem sou e quem venho a ser futuramente
fazendo-se fenecer o sopro da nuança já ambicionada.

Quão já se passaram?
Onde resgato a temperança?
Em que parte sazonal ficou resguardada um lírico azul?

Suplantar as mais ricas formas do Ser já não me cabe à veleidade
Eis que acabo por navegar em mares transbordados à sequidão
e dessas formas abstratas, estas metáforas incompreendidas vaga-se por caminho incógnito

Talvez pleiteie alhures meu futuro
talvez este cesse em ato único.