sábado, 21 de maio de 2011

Anjos de luz

Lágrima de São João, Roger Van der Weyden



Anjos de luz


Elas estão aí, sem lugar fixo ou próprio.
São as três virtudes teologais, a esperança do mundo
Mas qual esperança ofertamos a estas?
Almas imaculadas, doces, simplórias


Vagueiam pela calçadas, em meio as ruas,
tanto frias, tão geladas.
Suas almas parecem estar nuas.
Uma meiguice, uma doçura pronta a ser lapidada.


Elas estão por aí...
Perambulando entre os carros,
Rogando com os olhos,
pois a boca já não sabe mais como pronunciar.


"Um pouco de alimento!?
E se o senhor puder me dar ?...
Um tiquinho de ternura!? Um tiquinho de alento..."


Corpinhos frágeis defrontam ou melhor aceitam o que esta cidade as "ensinam".
O conjunto dos pensamentos e concepções de um grupo social...
Sim! As Idéias... E mercam seus destinos.


E nesse espaço de tempo a "Vida"aos atos de outrem,
vão se moldando vão aprendendo.


Quisera ter um edifício do tamanho do mundo
Resguardar estes anjinhos de luz...
Quisera nutrir, sustentar e sanar com carinho fecundo.


" Pai, perdoa-lhes... eles não sabem o que fazem! "


http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estatuto_crianca_adolescente_3ed.pdf

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O tempo e meus Templos


O tempo e meus Templos


Das etapas,
o desenvolvimento
tão contínuo e obrigatório
singular e tão preciso.
O tempo e meus Templos

Das moradas,
em meio à fartura
no meio de regras,
em tantas conjecturas,
em cenários congruentes.

Dos preceitos,
a inquietude no saber
entre interrogativas,
temas, debates
a decifração, conhecimento.

Dos indivíduos
sempre complexos,
uma infindável lista de variações.
Estes sempre beirando a margem
a linha tênue do lidar.

E da vida
ainda que cedo,
mesmo que breve,
até o presente
simples crisálida.



quarta-feira, 18 de maio de 2011

Mercadores

Valdrada, cidades invisíveis




Transeuntes na pista da conquista consabidas
Soltos meros corpos diáfanos
Mercam para vender a retalho sábios cébidas