quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Este mundo não é meu...

O caçador, Joan Miró



Perco-me da sensação de ter me achado
Em suas significações de vocábulos
Subentendi mentos da metafísica abortado
Tais fonemas nublam-se e eu necessite de óculos

Espargindo notas densas do meu silenciar
E das íris que haviam grandioso brilho, opacam-se

O corpo vaga á procura obsoleta
A mente inclina-se ao torpor
Saudades em forma de ampulheta
Diante da minha fronte e com louvor

Mundo vasto, terra de ninguém, hangar de almas irrecuperáveis
Bradam loucamente á outrem, eis o egocentrismo artefato guarda-móveis

Tenciono em espírito e carne o alinhamento
Este mundo não é meu e me arde frente à este tempo

"Cada vez me convenço mais de que este mundo não me pertence, tão pouco faço parte dele e sinto-me como um sobreposto... Esperando a hora, há que zarpar de um porto..."