quinta-feira, 29 de abril de 2010

Uma Outra Estação/ Legião Urbana



Sei que não tenho a força que tens Se me vejo feliz quase sempre exijo um talvez Ela mora perto de um vulcão E meu coração suburbano espera riquezas maiores Eu sigo o calendário maia E sou descendente dos astecas Hoje vai ter prova Mas no final da aula Acho que tem futebol Gosto quando estou feliz Gosto quando sorris para mim Estou longe, longe Estou em outra estação Não me digam como devo ser Gosto do jeito que sou Quem insiste em julgar os outros Sempre tem alguma coisa p'ra esconder Teu corpo alimenta meu espírito Teu espírito alegra minha mente Tua mente descansa meu corpo Teu corpo aceita o meu como a um irmão Longe longe, estou em outra estação Todos fazem promessas demais Temos muito o que aprender É um feitiço tão latino Essa preguiça ser feitiço Mas tudo bem Voltarás na terça-feira És fogo e gelo ao mesmo tempo E vai ser bom Do Equador, da Venezuela, do Uruguai Teremos o fim-de-semana só p'ra nós Venha comigo Não tenha medo Tem muita gente Que pensa o mesmo Estou longe, longe Estou em outra estação. Estou longe, longe.

domingo, 18 de abril de 2010

Que noite comprida !


Alta noite, tudo inerte nas mãos...
Que noite comprida !
Noite escura e fria...
Muitas letras pouco sons.
Que noite comprida...
A cadeira na varanda já esquecida,
vento gelado esparso,
numa aresta o gosto amargo...
Que noite comprida !
Ao redor amplidão de sombras mesclas
Vácuo,
vazio pregando peças...

Que noite comprida ...
Brilho se opacando,
noite se abrindo
Aura se esvaindo.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Palavras


Lâmina da língua na língua,
brinca cogita esparsa,

sussurro de mil palavras
terminadas em sintagmas.

Ato, fato? Expressão do pensamento?
Alta não dita, mas que se reedita.
Prumo, perspicácia, abalamento,
sonhos, pesadelos tudo se petrifica.

Processo construtivo entre dois complexos,
o do Ser e o de Estar.
O Ser encontra-se sem o nexo o Estar perplexo...
No próprio admoestar.

Quero abrandar o caminho,
vencer o sobressalto,
escrever em pergaminhos,
e por fim ser um arauto...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Sem título...



Tão exíguo é o tempo,
peculiar é a palavra .
Caminho é a incógnita,
relevante é o momento.